O Serviço Social da Indústria (SESI) lançou, nesta segunda-feira (15), a temporada 2025-2026 da robótica. A FIRST® AGE desafiará estudantes de escolas públicas, privadas e da própria rede SESI a desbravarem os mistérios do passado da humanidade por meio da arqueologia.
Mas, afinal, o que estuda a arqueologia? Artefatos, construções históricas, fósseis de dinossauros? Não, calma! A vida antes dos seres humanos é estudada pela paleontologia. Apesar das semelhanças, as duas áreas científicas têm focos, ou melhor, tempos distintos ao analisarem o passado e depois dessa temporada da robótica, temos certeza de que você não confundirá mais.
O superintendente de Educação do SESI, Wisley Pereira, reforça que a tecnologia transcende os robôs e diz respeito às pessoas.
“Não conseguimos planejar o futuro sem olharmos para o passado. A temporada é um convite aos estudantes a conhecer e valorizar uma área da ciência que tem um legado fundamental para a compreensão da vida humana e da sociedade”, declarou durante a apresentação da nova temporada.
Ao longo da temporada, crianças e jovens de todo o mundo terão a missão de projetar e construir robôs de pequeno, médio e grande porte, além de réplicas em miniaturas de carros de corrida.
FIRST® LEGO® League Challenge
O que é: na modalidade caçula da robótica, estudantes de 9 a 15 anos constroem robôs feitos de peças LEGO. O time também tem a missão de idealizar e criar um projeto de inovação com uma solução para um problema real da sociedade dentro da temática da temporada.
Desafio da temporada: o UNEARTHED foi lançado dia 5 de agosto. Já contamos todos os detalhes desse desafio e, claro, preparamos um manual completo com todas as regras do jogo.
Novidade deste ano: Rosi Carvalho, líder do Comitê Nacional de Avaliações da FLL, explica que, assim como na arqueologia, o desafio deste ano exigirá muita precisão, já que as cores do tapete das missões são semelhantes e a identificação por sensores será mais difícil.
FIRST® Tech Challenge
O que é: a modalidade, voltada para estudantes de 14 a 18 anos, desafia os jovens a projetarem e construírem robôs de até 19kg. As equipes também desenvolvem um portfólio de engenharia para detalhar a criação e o funcionamento dos robôs.
Desafio da temporada: lançado dia 6 de setembro, o DECODE apresentou artefatos como elementos de jogo, dá uma olhada no vídeo de lançamento. Em breve, divulgaremos um infográfico especial para auxiliar as equipes.
Novidade deste ano: Filipe Ghesla falou sobre a grande novidade deste ano na FTC são os ranking points. Agora, além de vencer a partida, que antes era a única forma de garantir essa pontuação, os times terão mais três possibilidades de garantir esses pontos em desafios nas arenas.
STEM Racing
O que é: nessa modalidade os estudantes montam escuderias e constroem réplicas em miniatura de carros oficiais de corrida. Além disso, desenvolvem plano de negócios e de marketing para promover a escuderia.
Novidade deste ano: Waldemar Battaglia, coordenador nacional de STEM Racing, destaca que a mudança de F1 in Schools para STEM Racing foi positiva, pois aumentou o foco no STEM. Antes a modalidade era vista apenas como corrida de carros. Hoje, as pessoas entendem a dimensão do projeto, que engloba empreendedorismo, tecnologia, engenharia, é uma escuderia completa.
E a FIRST® Robotics Competition (FRC)?
Só vamos conhecer o REBUILT, desafio da FRC, em janeiro de 2026. A modalidade segue um calendário diferente e só divulga as informações seis semanas antes de começarem os regionais que classificam para o mundial em abril.
O que é: a FRC é a modalidade que mais se aproxima do mundo industrial. Aqui, os estudantes desenvolvem robôs que chegam a 56kg e até 2 metros de altura.
Quem é a embaixadora da temporada?
Como de praxe, as temporadas contam com um padrinho ou madrinha especialista no tema. A embaixadora deste ano é Conceição Lage, doutora em arqueologia, antropologia e etnologia.
O palpite da arqueóloga e professora da Universidade Federal do Piauí é que estudantes apresentarão muitas soluções para situações reais vividas por especialistas na conservação e escavação dos sítios arqueológicos.
“Às vezes, nós temos terrenos muito grandes e a gente não pode sair escavando tudo, então acho que a robótica pode nos ajudar a encontrar pontos estratégicos”, destacou a embaixadora.
A robótica educacional do SESI
De maneira pioneira no Brasil, o SESI começou a implementar o programa de robótica nas escolas da rede em 2006 e, em 2012, passou a realizar as competições da organização internacional FIRST ® para outras instituições de ensino também. Já são 14 anos operando a modalidade FIRST® LEGO® League Challenge (FLLC); e, em 2018, o SESI começou com a FIRST® Tech Challenge (FTC). Há dois anos foi a estreia da FRC.
A rede conta com mais de 400 escolas em todo o Brasil, com mais de 300 mil estudantes. No Festival SESI de Educação, realizado no mês de março de 2025, em Brasília (DF), foram reunidos mais de 2 mil alunos de escolas da rede SESI e SENAI, públicas e privadas.
Para ficar por dentro de todas as novidades da nova temporada, acompanhe as redes sociais da robótica e a Agência de Notícias da Indústria.