
A última reunião ordinária do Conselho Temático de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico (Copin) de 2025 trouxe boas notícias para a agenda de combate ao Custo Brasil.
Durante o encontro, realizado nesta terça-feira (18), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o novo secretário de Competitividade e Política Regulatória do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Pedro Ivo, informou que a redução do Custo Brasil é uma das agendas prioritárias do governo federal para o próximo ano.
Ivo apresentou o planejamento do Grupo de Trabalho para a redução do Custo Brasil 2026-2027 e afirmou que a ideia é forcar em propostas regulatórias e medidas de desburocratização que visam melhorar o ambiente produtivo e a competividade.
“Temos 44 projetos para o combate ao Custo Brasil. 32 estão em andamento e 12 já foram concluídos. E precisamos da CNI nessa nova fase para construirmos um ambiente mais colaborativo e cooperativo para as nossas indústrias”, destacou.
Entre as medidas em conjunto, Pedro Ivo informou que um acordo de cooperação técnica pode ser realizado com a CNI para a melhoria do monitoramento dos projetos que estão na agenda Custo Brasil.
Confira a agenda Custo Brasil:
RelatrioCustoBrasil012025.pdf(525,0 KB)
“Queremos identificar os problemas e as causas dos eixos da mandala Custo Brasil e isso só é possível se trabalharmos em conjunto com o setor produtivo. Todas as informações serão utilizadas posteriormente para priorizarmos a execução dos projetos”, explicou.
O presidente do Copin, Léo de Castro, lembrou que o tema não é novidade na economia brasileira e tem se agravado nas últimas décadas.
“O Custo Brasil onera a vida dos brasileiros e faz com que tudo produzido no nosso país fique mais caro, então tira o poder de compra da população”, reforçou o presidente do Copin, Léo de Castro.
Ele destacou a campanha da CNI Custo Brasil, lançada em setembro, visando mostrar o impacto econômico na rotina dos brasileiros e possíveis caminhos para superar os problemas estruturais, burocráticos, econômicos e de infraestrutura que encarecem e dificultam a produção, os negócios e a competitividade no país, tanto para o mercado interno quanto para o internacional.
Conheça a campanha da CNI sobre o Custo Brasil
“O político que assume essa bandeira está tratando efetivamente da melhoria da capacidade de compra da população. Além disso, também está trabalhando no aumento da oferta de emprego. Ou seja, é desenvolvimento e prosperidade para o país. E nós estamos colocando em primeiro lugar porque não é um problema apenas da indústria, mas de todos os brasileiros”, ressaltou.
Atualização da NIB
O secretário do Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, apresentou um balanço das ações e resultados da Nova Indústria Brasil (NIB) em 2025. Ele trouxe dados por missões e a perspectiva para 2026. Moreira também agradeceu a participação da CNI na construção do adensamento das cadeias produtivas prioritárias para cada missão e informou que o Plano de Ação para a Neoindustrialização 2024-2026 está atualizado, já com as medidas para o próximo ano.
Clique e veja o Plano de Ação:
nova-industria-brasil-plano-de-acao-2024-2026-1.pdf(19,7 MB)
“Tivemos um avanço muito expressivo com a NIB, mas é importante lembrar que a política industrial precisa ser uma política de Estado para que o desenvolvimento econômico do país seja sustentável e soberano”, afirmou.
Também participaram da reunião o diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação, Jefferson de Oliveira Gomes; o diretor de Economia da CNI, Mario Sergio Telles; e o superintendente de Política Industrial da CNI, Fabrício Silveira.