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Setor de Fabricação de Tintas registra crescimento durante a pandemia

Por Coordenação de Comunicação - Publicado 29 de outubro de 2020

A indústria está se recuperando muito bem e num ritimo mais dinâmico.

A pandemia do novo coronavírus trouxe grandes desafios para o país, sobretudo para a indústria e o comércio. Empresas de diversos segmentos se viram obrigadas a adotar medidas de contenção internas, como por exemplo, a redução da jornada de trabalho e a adoção do home office para grande parte de seus trabalhadores.

O setor de fabricação de tintas não ficou isento dessa realidade. O segmento, que faz do Brasil um dos cinco maiores mercados mundiais do produto, teve um lucro de 140 milhões de dólares em exportação, em 2019, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas, mas, em 2020, passou por momentos de inseguranças.

O empresário Renato Castro Lago, que é também diretor da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), afirma que o período que marcou o início da pandemia foi o mais difícil para o segmento. “Nós tivemos momentos muito difíceis, que foram de março a maio. Realmente foram momentos de muita incerteza, onde tivemos que tomar muitas medidas nas nossas empresas, mas, de maneira surpreendente, a partir da segunda quinzena de maio, as coisas voltaram a reagir positivamente”, comentou o empresário.

As ferramentas digitais que estão dispostas hoje mudaram completamente a maneira de trabalho e de relacionamento entre empresa, colaborador e o cliente. Foram elas que permitiram o trabalho home office durante a pandemia. Essas ferramentas estão presentes há muito tempo na vida das pessoas e no comércio, mas só agora passaram a ser percebidas como grandes agentes facilitadores para a indústria e para o trabalho. “Hoje em dia você tem muito mais uso das ferramentas digitais para promover reuniões com o cliente, fazer videoconferências com sua equipe comercial, coisa que a gente sabia que existia, mas era pouco utilizado”, destacou o empresário. “A gente tem visto que as coisas acontecem sem necessitar da presença física, você poder lançar um produto por videoconferência junto com o seu cliente, além várias outras coisas que o mundo digital está nos propiciando”, continuou Renato Lago.

Para Renato Lago, os programas sociais que foram lançados durante a pandemia e a não interrupção total do setor da Construção Civil, foram “alavancas” que favoreceram o reaquecimento das indústrias de material de construção, como as de tintas. “As pessoas ficaram em casa e perceberam muitas coisas, principalmente na parte de construção, que poderiam ser feitas, e acabaram usando esse dinheiro para isso”, comentou ele, chamando esse fator de “consumo formiga”, onde milhares de pessoas fizeram pequenas reformas nas suas casas, fazendo com que o segmento crescesse novamente. “Então você vê aí o crescimento das vendas de cimento, de cerâmica e de tintas. Acredito que foi uma somatória da ajuda emergencial e do próprio setor da Construção Civil não ter parado”, concluiu.

Mesmo que ainda não se tenha perspectivas para o fim da pandemia, a flexibilização já acontece em quase todo o país. Com essa retomada, a expectativa dos empresários é de que o retorno do Brasil ao seu crescimento econômico seja mais rápido do que o previsto. “A indústria está se recuperando muito bem e o comércio começa a entrar num ritmo mais forte. Com isso, só posso esperar que 2021 seja um ano muito favorável e que possamos executar tudo aquilo que vínhamos planejamos antes da pandemia”, declarou o empresário paraibano.

 


Fonte: Abrafati

Texto/ Colaboração: Igor Batista



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