
Presentes dentro de turbinas eólicas, motores de veículos elétricos, satélites, smartphones, radares e até em tecnologias de defesa, os Elementos Terras Raras (ETRs) são os metais que silenciosamente movimentam o futuro.
Esse grupo de elementos é essencial para setores estratégicos da economia global e é formado por 17 elementos químicos, que formam o combo necessário transição para uma matriz energética mais limpa e eficiente.
Apesar do nome, os ETRs não são exatamente escassos na natureza.
A raridade que, inclusive, dá nome ao grupo está em outro ponto: a extração e a separação dessas terras.
Um processo que exige alta tecnologia, investimentos robustos e rigor ambiental, já que esses elementos aparecem misturados em baixas concentrações nos minérios.
E somente após um processo complexo de beneficiamento, tornam-se matérias-primas indispensáveis para a indústria de ímãs permanentes de alto desempenho, fundamentais para reduzir emissões e garantir eficiência energética.
Saiba aqui, exatamente, o que são as Terras Raras.

Um recurso estratégico no centro da geopolítica
Por sua importância tecnológica e energética, os ETRs estão no centro das negociações globais e são considerados minerais críticos por países como Estados Unidos, Japão, União Europeia e Brasil.
China: concentra cerca de 40% das reservas mundiais e 70% da produção global.
No segmento mais sensível — produção de ímãs permanentes, utilizados em motores elétricos — o domínio chinês supera 90%.
Esse protagonismo foi construído com planejamento e políticas de Estado ao longo de quatro décadas, consolidando uma cadeia produtiva completa e altamente competitiva.

A oportunidade brasileira
O Brasil possui 19% das reservas mundiais de Terras Raras, ocupando a segunda posição global. Apesar desse potencial, sua participação na produção ainda é tímida: apenas 0,02% do total mundial. Segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a demanda nacional deve multiplicar por seis até 2034 — impulsionada pela eletrificação da economia e pela reindustrialização de baixo carbono.
Confira o caderno Minerais Críticos e Estratégicos para a Transição Energética:

O novo ouro de Minas Gerais. Confira Aqui.
“O mundo voltou sua atenção para esses elementos não apenas pelo avanço das energias renováveis e da mobilidade elétrica, mas também pela necessidade de segurança de suprimento e autonomia tecnológica." André Pimenta de Faria, coordenador do laboratório-fábrica de ímãs de Terras Raras do Instituto SENAI de Inovação em Processamento Mineral, em Minas Gerais
Terras raras e minerais estratégicos ganharam destaque devido à sua importância econômica e o papel central na tecnologia e no desenvolvimento sustentável.
Mas qual a real diferença entre esses termos?
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