
O Movimento Empresarial pela Saúde (MES), iniciativa do Serviço Social da Indústria (SESI) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizou, em São Paulo, nos dias 30 e 31 de outubro, a terceira rodada dos grupos temáticos. A reunião juntou representantes de grandes empresas para consolidar os avanços do ano e projetar as próximas etapas da agenda corporativa e sustentável no país na área da saúde.
Segundo Thiago Taho, gerente-executivo de Saúde e Segurança na Indústria do SESI, o resultado reflete a capacidade de mobilização e a maturidade do diálogo estabelecido entre as empresas. “O MES mostra que a indústria tem um papel fundamental na construção de um sistema de saúde mais eficiente e equilibrado. Estamos transformando o conhecimento acumulado em propostas concretas e colaborativas, com base em dados, inovação e cuidado centrado nas pessoas”, afirmou.
A rodada marcou o encerramento do primeiro ciclo de atividades dos três grupos que estruturam o movimento – Modelos Sustentáveis de Saúde Suplementar, Saúde Mental e Emocional e Dados e Inteligência em Saúde.
Os debates foram sobre remuneração baseada em valor, judicialização e gestão de custos assistenciais, indicadores de bem-estar e produtividade, e integração de dados para apoio à decisão, reforçando o compromisso das empresas em transformar conhecimento e experiência em propostas práticas para fortalecer o ecossistema de saúde brasileiro.
A programação também contou com o “MES Convida”, espaço dedicado à troca de experiências e aprofundamento técnico. Participaram desta edição César Abicalaffe, presidente do IBRAVS, e Bruno Minami, pesquisador do IESS, que apresentaram análises sobre modelos alternativos de remuneração e sustentabilidade na saúde suplementar.
Luís Fernando Amarante, psiquiatra e coordenador do curso Saúde Mental nas Organizações do Einstein, que discutiu o papel das empresas no combate ao estigma e na promoção de ambientes psicologicamente seguros. E Luis Gustavo Kiatake, representante no Comitê de Padronização do TISS (COPISS) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que abordou o panorama dos dados de saúde no Brasil, os avanços e desafios da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e as oportunidades para a indústria na integração e no uso estratégico dessas informações.
Com o ingresso de novas empresas ao longo de 2025, o MES alcançou o marco de 60 participantes, consolidando-se como uma das principais frentes de articulação do setor produtivo em saúde. As discussões desta etapa também serviram para orientar a agenda estratégica de 2026/2027, que vai direcionar projetos aplicados, estudos e recomendações ao Conselho Estratégico do movimento.