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Custos do crescimento baixo minam o tecido moral da sociedade, diz presidente da CNI

Por Agência CNI - Publicado 08 de novembro de 2007

"Os custos do crescimento baixo não são apenas econômicos. Eles minam o tecido moral da sociedade. M

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 Armando Monteiro foi enfático
O presidente da empresa Graña y Montero SA, do Peru, José García Miró Quesada, em palestra no painel Acordos Econômicos e Políticos para uma Maior Coesão Social, no 3º Encontro Empresarial Ibero-americano, citou o próprio país como exemplo de que é preciso atuar na frente econômica e na frente social.


“Um dos problemas do Peru é a falta de infra-estrutura e o processo mais rápido e permanente de inclusão seria melhorar o nível de vida com melhorias de infra-estrutura em eletricidade, telefonia, estradas e água potável”, ensinou. Ele criticou duramente a “desesperadora ineficiência do Estado para atender a essa demanda”.

Fechando o painel, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto (foto), destacou que a democracia é essencial. “Só sob a égide de regimes que assegurem o pleno exercício das liberdades fundamentais será possível colocar na agenda dos países a questão da coesão social.” Segundo Armando Monteiro, a globalização e o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação geram oportunidades para maior ou menor coesão social, porém, os ganhos dependem da qualidade das políticas públicas e da forma de inserção internacional.

O presidente da CNI destacou que, para o setor privado brasileiro, o crescimento deve ser uma obsessão. “Os custos do crescimento baixo não são apenas econômicos. Eles minam o tecido moral da sociedade. Menos crescimento significa menos oportunidades de liberdade para os mais pobres, menos mobilidade social, menos justiça e um campo extraordinário para o desenvolvimento de valores incompatíveis com a tolerância, o respeito ao próximo, a democracia e o crescimento moral”, reforçou.

Armando Monteiro incentivou os empresários a adotar uma agenda de competitividade, que habilite as respectivas economias a adaptar-se às novas tendências da globalização. “Essa agenda deverá necessariamente contemplar uma componente de coesão econômica e social sem a qual os objetivos de aumento da competitividade não serão reconhecidos como legítimos por parte expressiva dos agentes e, por isso mesmo, dificilmente serão alcançados”, ponderou.

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